BRASIL UM PAÍS SEM DEFESA
Se a história tem mostrado alguma coisa, é que a guerra acompanha o homem como uma sombra. Seja religiosa, étnica, territorial ou não, a guerra entre dois ou mais grupos em nosso planeta é uma realidade consistente durante toda sua existência por milhares de anos. No século passado passamos pelas últimas duas grandes guerras mundiais, pois depois que inventaram a bomba atômica se houver uma terceira guerra mundial, não vai sobrar ninguém pra contar história.
Porém as covardias militares são incentivadas pelas maiores potências a todo o momento, de acordo com o interesse delas, ditadores são levados ao poder para manter a paz ou derrubados em nome da democracia.
O mundo todo está de olho nas nossas riquezas naturais (água, minérios, petróleo, Amazônia) e na descoberta do pré-sal, mas será que o Brasil tem como defender sua pátria e seu território do restante do mundo, se alguma potência mundial resolver tomar o que é nosso?
Será que apesar de nosso país ter sido comandado pelos ditadores militares por mais de 20 (vinte) anos, eles nada fizeram proteger nossas fronteiras?
Será que apesar de termos redemocratizado o país, há mais de 20 (vinte) anos, continuamos nosso país sem defesa?
O Brasil é um país que há 140 anos não guerreia com seus vizinhos, e se tivesse que guerrear diretamente com algum deles atualmente certamente ganharia.
Porém, haveria avarias grandes ao Brasil, principalmente por causa do sistema ineficiente de defesa das nossas forças armadas, agravada por termos Defesas Civis lentas ou inexistentes, para prevenir, alertar e diminuir os danos que seriam causados a população em geral num ataque rápido.
Ademais, em caso de invasão o Brasil precisaria de um bom ataque ou contra-ataque, que também fica prejudicado com o sucateamento das forças armadas e a falta do desenvolvimento bélico nuclear.
Assim, se quisermos virar potência temos que botar o dedo na ferida e rever nossos conceitos sobre desarmamento, pois qualquer país com as riquezas naturais do Brasil tem riscos reais de conflito, para aumentar o risco somos o terceiro país em numero de fronteiras e por causa do seu tamanho e economia, os países vizinhos e potências mundiais tem intenso interesse no nosso território e riquezas.
Hoje somos apontados como uma futura potência mundial, e neste universo competitivo, será que se algum dia esbarrarmos no interesse de alguma potência bélica, em especial nos interesses norte americanos, e estes entenderem que precisamos de um freio, financiando ou incentivando algum atrito de algum ou vários de nossos 11 vizinhos, a invadir nossas fronteiras, para dividir nosso país, como ocorreu na Coréia hoje dividida em dois super armados países, graças à guerra fria.
Para piorar a situação, com o fim da 2° guerra, iniciou-se a guerra fria entre comunistas e capitalistas que disputavam a tapa territórios de influência, e assim sendo o mundo entrou num crescente numa corrida bélica com onde dezenas de países do mundo desenvolveram bombas atômicas, silos de mísseis, submarinos nucleares, satélites espiões, mísseis intercontinentais, material bélico médio e pesado, porta aviões descomunais, caças à jato em mach 1, 2 e 3 , altos gastos com forças armadas e etc, num firme duelo de exibição de poderio, o mundo se armou, mas a América do Sul e África dominadas por ditadores ridículos não acompanharam a evolução mundial e hoje estamos extremamente vulneráveis, embora tenha acabado a guerra fria com a dissolução da URSS.
Hoje assistimos o sucateamento progressivo do “atual” arsenal brasileiro, vimos o fechamento de indústrias bélicas e de outras indústrias complementares, por diversas injunções políticas, de lesa-pátria e de interesses econômicos inconfessáveis, desdobrando-se num perigoso e temerário desguarnecimento do território brasileiro.
Se fizermos uma auditoria tecnológica e operacional, dentro do nosso arsenal de suporte, iremos constatar que muitos dos itens desse arsenal estão comprometidos em suas funções críticas básicas e em grande parte dos armamentos, das viaturas, aviões e navios encontraremos mais de 30 a 40% dos itens operacionais básicos com pendências de manutenção, descalibrados, improvisados ou mesmo definitivamente “fora de operação”. Praticamente “fora de combate” e incapazes de oferecer, em boa parcela, o poder de guarnição que a riqueza natural, mineral e humana, que a nação brasileira merece em face do seu altíssimo valor local e global.
Assim temos investir pesado para garantir a cobertura integral do território, estabelecendo correlação com a pronta mobilidade militar em toda nossa vasta extensão territorial de fronteiras e costas marítimas, e estabelecer proteção por ar, solo e mar – com equipamentos de vigilância, detecção e interceptação, suporte de artilharia e infantaria para defesa e ocupação de espaços em frações de tempo exeqüíveis, capacidade de barreira à entrada e invasão de forças inimigas e etc.
Só após isso, acreditaremos na viabilidade brasileira para o conselho de segurança da ONU.
SAIBA MAIS:
O temerário desguarnecimento nacional é o da “cobertura de fronteiras” onde encontramos um padrão mundial de 1,1 a 1,7 soldados por 10 km de fronteira, consistentemente observado pela defesa dos países desenvolvidos, tomando-se todo o efetivo das forças armadas e dispondo-o ao longo das fronteiras nacionais. O Brasil apresenta esse valor em torno de 0,20 soldados por 10 km de fronteira – ou somente 1 soldado a cada 50 km de fronteira. Essa relação representa a disposição militar em guarnecer às fronteiras em momentos de emergência, concentrado ou espalhado ao longo de um setor de defesa. É uma espécie de densidade linear que caracteriza o poder de proteção em termos de “cinturão ou barreira”, onde uma vez rompida não haverá efetivo de defesa em retaguarda, deixando o invasor ou o inimigo penetrar território adentro.
A malha rodoviária tem a ver com o significado de mobilidade e presença local das forças armadas terrestres e com o seu deslocamento ao menor tempo possível, de modo confiável e capaz de conferir poder de ocupação geográfica e de sustentação de uma defesa quase que “corpo a corpo” – infantaria, engenharia e artilharia com apoio aéreo e de suas logísticas correspondentes.
A mobilidade implica em “detectar rápido a presença inimiga - sair rápido – deslocar rápido o efetivo e o arsenal de suporte – ocupar rapidamente os setores de defesa - fazer a confrontação de modo produtivo”. Isso requer a existência de uma malha que muito embora fosse planejada para a fruição do sistema econômico do país, fosse capaz de conceder possibilidades de deslocamentos multidirecionais dentro da “célula de defesa” em km2. Seria a disposição de “tantos km de rodovias por km2 de extensão territorial”. Um forte reforço ao conceito da “célula de defesa”. Se a mobilidade terrestre for restritiva por uma malha pobre, deverá haver um forte apoio de vigilância, de defesa aérea e de lançamento de militares pára-quedistas para o bloqueio de curto prazo do agente invasor, antes da chegada das unidades de ocupação e defesa local.
O Brasil tem 0,18 km de rodovias por km2 ao passo que o padrão médio revelado fica na faixa de 1,0 a 2,7 km de rodovias por km2, para os países europeus do presente estudo. A frança um dos modelos de base tem 2,74 km de rodovias por km2 e os EUA – país continental – têm 0,66 km de rodovias por km2. A célula com 1 km2 – um quadrado com 1 km de lado – possui diagonal de 1,415 km ligando 2 pontos opostos de encontro dos lados do quadrado e um perímetro de 4,0 km – ou características dimensionais da célula.
O arsenal de suporte do Brasil está extremamente subdimensionado para a sua extensão territorial. Se tomarmos em consideração que para a vigilância e o patrulhamento de espaço aéreo utilizando 1000 km2, teríamos a necessidade de pelo menos 2.135 aviões para compormos um bom sistema de proteção aérea. Mas a aeronáutica brasileira tem apenas 759 aviões ou cerca de 35% se adotada a premissa de 4 (quatro) megacélula.
O espaço aéreo total do país é de 11.325.000 km2 – sendo 8.547.000 km2 de terra e 2.778.000 km2 de área marítima - dando se apoio à marinha do brasil. E a marinha tem apenas 136 navios em seu arsenal e que precisaria de pelo menos 2.778 navios especializados para a cobertura naval de vigilância e patrulhamento de ilhas e da extensão costeira brasileira usando o conceito de “mar das 200 milhas”.
O exército como a força de base terrestre tem 4.591 itens em seu arsenal e que pelo menos deveria ser 30,67 vezes superior – ou cerca de 140.800 itens especializados.
A siderurgia e a metalurgia como indústrias de base revelam ser o conjunto de tecnologias de maior suporte à indústria de armamento nos países europeus. O padrão médio de “estacionamento anual de aço – tonelada – por km2” tem concentração na faixa de 40 a 180 toneladas por km2. O Brasil estaciona cerca de 1,8 toneladas de aço por km2 – ano, reforçando a completa ausência de vocação industrial armamentista, revelando pouca iniciativa para desenvolver seus recursos militares. A frança estaciona cerca de 42,6 toneladas de aço por km2 - ano. E os EUA cerca de 10,8 toneladas de aço por km2 – ano.
Mas uma corrida armamentista para o Brasil, com uma vexaminosa coleção de problemas sociais e de administração pública temerária, ficaria inviável face aos custos envolvidos.
próximas guerras poderão ser feitas para a posse da água – temos o aqüífero guarani e um dos maiores percentuais de água doce do mundo.
A seguir esta a lista das maiores forças armadas do mundo segundo especialistas:
1 - Estados Unidos (AMERICA DO NORTE)
1 - Estados Unidos (AMERICA DO NORTE)
EFETIVO: 1 414 000 soldados
GASTO MILITAR ANUAL: 329 bilhões de dólares (1 138 dólares por habitante)
ARMAS NUCLEARES: sim
Possuem uma dúzia de porta-aviões gigantes, a maioriade propulsão nuclear. O país conta ainda modernos armamentos operados por computadores e guiados por satélites.
2 - Rússia (ASIA/EUROPA)
EFETIVO MILITAR ATIVO: 1 037 000 soldados
EFETIVO MILITAR RESERVA: 2 400 000 soldados
GASTO MILITAR ANUAL: 48 bilhões de dólares (333 dólares por habitante)
ARMAS NUCLEARES: sim
O maior herdeiro da ex-URSS possui exército numeroso e pesquisa militar de ponta. A vocação por números astronômicos diminuiu: durante a Guerra Fria, a URSS chegou a ter 5,3 milhões de soldados — um recorde — e produziu mais de 70 mil tanques das séries T-54/T-55/T-62. Hoje possui ainda alguns dos melhores equipamentos militares do planeta.
3 - China (ASIA)
EFETIVO: 2 270 000 soldados
GASTO MILITAR ANUAL: 48 bilhões de dólares (37 dólares por habitante)
ARMAS NUCLEARES: sim
O país mais populoso da Terra conta com bom número de armas nucleares e sempre teve Forças Armadas numerosas, mas o nível pouco sofisticado de sua indústria não permitia equipar as tropas com armas de última geração. Isso mudou recentemente: o salto econômico e a relativa abertura política das últimas duas décadas levaram a China a investir na modernização do arsenal.
4 - França (EUROPA)
EFETIVO: 260 400 soldados
GASTO MILITAR ANUAL: 38 bilhões de dólares (636 dólares por habitante)
ARMAS NUCLEARES: sim
Para se proteger da ameaça comunista na Guerra Fria, os franceses criaram uma força nuclear própria com os três meios clássicos de lançar armas atômicas: mísseis em terra, em submarinos e em aviões. A indústria de defesa é uma das principais da Europa, produzindo tanques de ótima qualidade, como o Leclerc, e aviões clássicos como os das séries Mirage.
5 - Reino Unido (EUROPA)
EFETIVO: 210 400 soldados
GASTO MILITAR ANUAL: 35 bilhões de dólares (590 dólares por habitante)
ARMAS NUCLEARES: sim
Até a Segunda Guerra (1939-1945), a Grã- Bretanha era a maior potência naval da Terra. Depois do conflito, a Marinha Real encolheu, mas ainda é uma das principais do mundo. O Exército sempre foi pequeno, mas é um dos mais profissionais do planeta, bem equipado com tanques, blindados de transporte de pessoal e uma parafernália de mísseis.
6 - Coréia do Norte (ASIA)
EFETIVO: 1 082 000 soldados
GASTO MILITAR ANUAL: 4,7 bilhões de dólares (214 dólares por habitante)
ARMAS NUCLEARES: sim
Assolado pela pobreza e pela fome, este país sustenta um dos estados mais militarizados do planeta. Envolvidos em disputas de território com a Coréia do Sul desde a década de 40, os comunistas do Norte contam com tropas numerosas com muito armamento convencional. Nas últimas décadas, o país desenvolveu tecnologia para produzir armas nucleares.
7 - Índia (ASIA)
EFETIVO: 1 298 000 soldados
GASTO MILITAR ANUAL: 13 bilhões de dólares (13 dólares por habitante)
ARMAS NUCLEARES: sim
O segundo país mais populoso do planeta sempre esteve em briga com seus vizinhos muçulmanos. Hoje, o maior rival é o Paquistão, com quem disputa terras na região da Caxemira. As aguerridas tropas indianas estão entre as mais bem equipadas do Terceiro Mundo. Além de muitos soldados, a Índia tem armas nucleares e mísseis para transportá-las.
8 - Paquistão (ASIA)
EFETIVO: 620 000 soldados
GASTO MILITAR ANUAL: 2,5 bilhões de dólares (17 dólares por habitante)
ARMAS NUCLEARES: sim
A maior potência militar muçulmana tem economia e população inferiores às da rival Índia, mas, para criar um "equilíbrio de terror" no sul da Ásia, o Paquistão também investiu em armas nucleares. Pouco se conhece sobre as armas atômicas ou sobre o tamanho do arsenal do país. Mas a existência da bomba dos dois lados da fronteira tem forçado Índia e Paquistão a uma convivência tensa — e "pacífica", na medida do possível.
9 - Coréia do Sul (ASIA)
EFETIVO: 686 000 soldados
GASTO MILITAR ANUAL: 12 bilhões de dólares (266 dólares por habitante)
ARMAS NUCLEARES: não
Graças à proteção dos Estados Unidos, o país atingiu níveis econômicos, científicos e tecnológicos muito superiores aos do vizinho do norte. Por causa da crise com os comunistas, a Coréia do Sul mantém Forças Armadas poderosas em prontidão na fronteira, embora não tenha armas atômicas. O equipamento é de alta qualidade, comprado dos americanos ou desenvolvido localmente com ajuda ianque.
10 - Israel (ASIA)
EFETIVO: 161 500 soldados
GASTO MILITAR ANUAL: 9,4 bilhões de dólares (1 499 dólares por habitante)
ARMAS NUCLEARES: sim
Pequeno e pouco populoso, Israel se envolveu em conflitos com os vizinhos árabes e resolveu se armar até os dentes. Para compensar a inferioridade numérica, os israelenses optaram por qualidade: suas tropas estão entre as mais bem treinadas da Terra, a Força Aérea.
A África do Sul chegou a desenvolver armas nucleares, mas desmontou seu arsenal antes de aderir ao TNP.
O Irã e a Síria acusados de terem programas de armas nuclear.
O Brasil é um dos vários países que têm renegado o direito a ter armas nucleares, sob os termos do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, mas possui muitas das principais tecnologias necessárias para produzir esse tipo de arma.
MAIOR EXÉRCITO DA AMÉRICA DO SUL:
BRASIL
Efetivo: 287 600 soldados
Gasto militar anual: 9,6 bilhões de dólares (55 dólares por habitante)
Armas nucleares: não
Não dá para cravar uma posição para o Brasil no ranking mundial de exércitos, a única certeza é que não chegaríamos ao Top 10, mas dá para fazer algumas comparações. Numericamente, nossas tropas são as maiores da América do Sul. Tecnologicamente, somos semelhantes aos vizinhos. Com fronteiras bem definidas, não há grandes rivalidades regionais.
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