RISCO BRASIL
O maior risco que corremos hoje no Brasil é o risco do sucesso.
A vitória sobre a inflação, a retomada do crescimento, até mesmo a conquista das Olimpíadas, tudo isso levou o País a um momento de desafogo e recuperação da autoconfiança. A Iniciativa privada exercendo na plenitude seu talento criador.
Isto em si é ótimo. O perigo é que o desafogo da sociedade nos leve a baixar a guarda diante dos problemas que ainda persistem.
Milhões de adultos analfabetos e semi-analfabetos inempregáveis pela indústria, pelos serviços e até pela agricultura moderna? Ao menos os filhos deles terão direito à esperança de uma vida melhor?
Para isso é preciso resgatar o Estado da pilhagem dos "interesses estratégicos", das "conquistas sociais" exclusivistas, do corporativismo e dos privilégios que distorcem a distribuição de renda.
No governo Lula houve a retomada do crescimento econômico, mas é necessário combinar crescimento com a distribuição de renda para iniciarmos o resgate da dívida social que temos.
Isto abrange um amplo espectro de providências, Mão-de-obra e matéria-prima baratas deixaram de ser vantagens comparativas relevantes no mercado mundial. O que faz a diferença é a eficiência conjunta da cadeia de produção e comercialização de cada país.
É fundamental que o Brasil ofereça à indústria doméstica condições semelhantes às dos concorrentes externos. Para isso, vamos ter de proceder a uma revisão no sistema educacional e uma revolução na distribuição de renda.
Temos ainda que eliminar impostos que dificultam as exportações, investir na melhoria das estradas, dos transportes e dos portos cujo mau estado encarece a produção doméstica.
Importar equipamentos e insumos para acelerar a modernização e a expansão da indústria, da agricultura e dos serviços domésticos. Importar bens de consumo, sim, mantendo uma proteção tarifária moderada, para que os preços internos se aproximem dos preços internacionais, e os ganhos de produtividade já ocorridos e por ocorrer se transfiram para o conjunto da sociedade.
É assim que se combina crescimento e distribuição de renda nas economias capitalistas maduras. Introduzindo no Brasil "uma mentalidade de maior competição", adaptando a economia nacional aos desafios da globalização e reduzindo o chamado "custo Brasil".
Salário mínimo calculado em dólar é o maior da história
Postado DO BLOG dever cumprido
O salário mínimo de R$ 510, anunciado pelo governo nesta semana e que entra em vigor a partir de janeiro, deve ser o equivalente a cerca de US$ 290, tendo por base a cotação da última quarta-feira (R$ 1,757). Trata-se do maior valor do salário mínimo em dólar desde a instituição de uma quantia nominal para o benefício no Brasil.
Em 1940, quando foi sancionada a primeira lei que estipulava valores para o salário mínimo, a remuneração básica era de 240 mil réis. Dois anos depois, o mínimo ainda não tinha sido alterado e o dólar era cotado em 19,26 mil réis. Portanto, o primeiro salário mínimo do Brasil foi de US$ 12,23. Depois vieram o cruzeiro, o cruzeiro novo, o cruzado, o cruzado novo e, por último, o real. Mesmo com a alteração da moeda nacional, o salário mínimo em dólares nunca ultrapassou o patamar em que se encontrará em janeiro.
De 1994, quando foi instituído o real, até hoje, o salário mínimo só cresceu. No ano que entrou em vigor a moeda, o salário mínimo valia R$ 70, ou US$ 108,47 (na cotação da época). O crescimento do piso dos trabalhadores brasileiros calculado em dólar do ano de 1994 para o ano de 2010 é de 168%.
Para o economista Roberto Macedo, a cotação do dólar tem sido importante para a vida das pessoas que vivem com rendas mais baixas, próximas ao salário mínimo. “Se você imaginar um sujeito que ganha salário mínimo e veste a roupa padrão no mundo ocidental, como calça jeans, tênis e camiseta e que esses produtos vem sendo importados a baixo custo por conta da cotação do dólar, você pode dizer que o poder de consumo dessa pessoa aumentou”.
A Medida Provisória assinada pelo presidente Lula ainda define que, em 2011, o salário mínimo será reajustado segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2010 mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2009, se for positivo.
Ainda segundo o documento, até 31 de março de 2010 o governo deve enviar ao Congresso um projeto de lei com sugestões para os valores do mínimo de
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