Brasil extradita acusado de integrar Operação Condor
Manuel Cordero foi levado de ambulância até Uruguaiana.
Cordero foi preso no Brasil em fevereiro de 2007.
Cordero foi preso no Brasil em fevereiro de 2007.
O militar reformado uruguaio Manuel Juan Cordero Piacentini, acusado participar da Operação Condor, responsável pela perseguição e desaparecimento de opositores dos regimes militares no sul do continente nos anos 70, foi extraditado neste sábado (23) para a Argentina.
Cordero teve sua extradição autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto do ano passado. A Justiça argentina pediu a extradição para julgá-lo por crimes de violações de direitos humanos. Ele ficou conhecido pela alcunha de Coronel Cordero mas, nos documentos oficiais, se apresenta como major.
O militar, que passou os últimos seis meses em prisão domiciliar em Santana do Livramento, foi retirado na terça-feira (19) de sua casa por agentes da Polícia Federal. Por causa de um mal-estar, no entanto, os policiais o transferiram ao hospital Casa de Saúde dessa cidade.
Na sexta (15), o advogado de Cordeiro havia ajuizado no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de suspensão da extradição, sob a alegação de que ele é beneficiário da Lei da Anistia em vigor no Brasil. No ano passado o advogado já havia tentado outro recurso contra a extradição, negado pelo Supremo.
Segundo a Polícia Federal do Rio Grande do Sul, Cordero foi transferido em uma ambulância a partir de Santana do Livramento para Uruguaiana, na fronteira com a Argentina, onde foi recebido pelas autoridades argentinas. Ele foi submetido a um novo exame médico e entregue aos agentes argentinos, que o levaram de ambulância até Buenos Aires.
Na Argentina, ele deverá comparecer diante do juiz federal de Buenos Aires Norberto Oyarbide, que o interrogará dentro do processo de violações aos direitos humanos cometidos na Operação Condor.
Com informações da EFE e da Agência Estado
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